Gabriel Vargas Zapata
13’
2016
Portugal
African Fashion abre as portas às oito da manhã. Os clientes, tal como os cabeleireiros, maioritariamente afroportugueses, imigrantes africanos ou afrodescendentes de diferentes nacionalidades, vão ao local à procura de um look mais identitário, do reconhecimento dos seus valores africanos e de um ambiente pouco comum em qualquer outra barbearia do Porto.
Desde cedo, começam as conversas sobre as atualidades de Portugal e do mundo. Os episódios do quotidiano são, também, temas frequentes dos clientes que acorrem à barbearia para conversar, encenar-se e construir memorias de um património comum que imaginam ser o das suas raízes identitárias.
Até ao meio dia, African Fashion converte-se num pequeno parlamento urbano, com representações de todo o mundo, enquanto o cabelo é cortado, penteado, lavado e entrançado.